F1B no mundial?

Desde que voltei da Argentina, ando pensando em participar do Mundial 2011 e para isso andei bizoiando o que um reles mortal como eu precisaria caminhar em cada categoria e qual a 'distancia' para competir sem dar tanto vexame: Na F1A o modelista precisa de um físico impecável de corredor, treino de reboque 4 vezes por semana no minimo e persepção apuradíssima do entorno e dos concorrentes, a F1C requer tudo isso e muito mais, por isso a categoria em que se pode pensar em competir é a F1B.
Ao assistir uma competição a coisa assusta um pouco, modelos grandes, pesados e principalmente motores que "comem" o dedos e a mãos se não forem tomados alguns cuidados, muita força, ferragens pesadas, estacas bem fincadas, winders muito fortes várias vezes presos na cintura e o corpo bem deitado esticando 30g de elástico ao limite. Esquece arame de 1/16, esquece rear pegs de tubo de aluminio... uma pedreira realmente.
Nesse fim de semana eu e o Alvaro Sala visitamos o Sr. Paulo Solon, que foi um grande competidor de F1B dos anos 50 aos 90 conquistando muitos titulos e troféus além de amigos argentinos e de outros lugares do mundo. Depois de uma boa conversa e exposição dos seus modelos (a caixa com 4 modelos havia sido fechada a 20 anos atrás) acho que tenho a ideia mais formatada na minha cabeça.
Album de Fotos da Visita
Dificuldades maiores
Modelos - sobre a construção dos modelos nada de mais, já temos todo ou quase todo know-how necessário, já sabemos mexer com fibra de carbono, vidro, kevlar, sabemos fazer entelagem com mylar de 5 microns, inclusive as pás temos capacidade de fazer laminadas ou esculpidas, graças às ajudas dos amigos sempre interessados em ensinar o que sabem e passar a informação pra frente. Sobre os modelos, temos recebido de várias fontes plantas que poderemos utilizar sem medo.
Front Ends - Ai está a dificuldade numero 1, a construção das peças minusculas e de alta precisão, feitas em duralumínio torneado e de chapa de aço, requer não só conhecimento
em torno e fresa, mas também tempo de testes e ajustes, mesmo tendo em mente fabricar um modelo sem muitos recursos, que seria somente uma trava de pás ( permite lançar
o modelo mais verticalmente) e com um timer de duas ou no max. 3 funções: alterar o estab ( incidencia) e leme. Sem WW sem DTS sem paraferlaglias que só fariam atrapalhar nossa empreita.
Local de vôo/treino - Outro problema a ser vencido, ainda não temos onde voar! e como diz o Solon, modelo de campeonato é modelo que voou pelo menos 50 vôos, vc conhece como o modelo sobe, otimizou subida planeio etc etc Sabe o que esperar do modelo, e não terá surpresas durante o evento.
É isso ai pessoal, esse é o panorama que eu vejo, agora é trabalhar para que esses muros pareçam degraus.

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