Minhas asas estavam no peso mas eram "moles" com respeito a torção, não utilizei carbono nos capstrips e substitui pelo kevlar notadamente mais elástico, alem do fato de nao colocar shear webs em toda a asa, que como não tem Dbox e com o novo material que utilizamos para entelar (o vulgo PP) que é bastante leve mas também não trava muito bem a estrutura como um mylar ou mesmo um papel Ysaki.
A pesar desses problemas, os dois modelos estavam devidamente trimados e foram trimados durante toda a 4a e 5a feiras antes do evento e estavam bárbaros, notava-se um pouco de vibração mas nada que impedisse voos de 2min. Todos fomos unânimes em dizer que meus modelos eram os que estavam voando melhor e por isso, faltando dois dias pra prova, eram os mais cotados a obter uma melhor colocação. Tanto que no dia anterior ao concurso a turma ainda foi centrar seus modelos e eu deixei os meus na caixa, fui pro campo e fiquei só ajudando os brasucas e tirando as fotos que vocês viram.
No dia da prova estava MUITO úmido, não tirei meus modelos da caixa por este motivo, nao voei e esperei pra voar somente na 1a rodada, bom para resumir, em todos os meus voos meus (2) modelos saiam em flutter forte de asa, como que batendo asas, e mesmo quando não se notava esse fatal problema os modelos nao se comportaram nada parecido como na véspera.
Obviamente a somatória dos problemas me tiraram da prova: a folga iniciava uma vibração no modelo que coincidia com a frequencia de flutter das asas demasiado frágeis e fazia com que elas batessem como um pássaro desviando o modelo da sua rota normal, impedindo-o de subir, tudo amplificado pela alta humidade do dia que amolece as partes de balsa da asa e modelo.
Tenho que falar também que tivemos problemas graves na organização, graves mesmo, inclusive achavam que eu, Diego e Martin eramos Chilenos! Os dois foram ofendidos e houve uma discussao séria e quase briga entre eles, pois haviam membros da organização com nítida discriminação, lógico que isso me afetou, isso sem falar no dia totalmente louco com térmicas que na verdade eram descendentes, uma loucura.
Um ano planejando tudo, comprando material, me informando como que faz, onde consegue, como voa... um tempo absurdo gasto e muito dele em vão, mas nao tem importancia, já refiz minhas dobradiças e um par de asas vai pro lixo, volto pra oficina pra tentar novamente nao garanto que vá pro Nac 2013 mas a 4 semanas já tem evento em Rosário e eu estarei lá!
Abaixo sete pares de dobradiças em processo de troca de eixo, os tubinhos já cortados mas desta vez com 8mm.
O dispositivo para solda é uma cama de madeira com depressões presa na morsa para manter a chapa em posição e um arame para mantér em seu lugar correto e alinhado para a solda.
À esquerda modelo antigo de 5mm e a direita modelo com tubo de 8mm ainda sem acabamento. Montei as duas opçoes para que voces vejam a diferença da largura da ancoragem antes e depois da reforma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário